como organizar uma feira de trocas solidárias

03/08/2011 11:13

Veja como organizar uma feira de trocas solidárias em seu condomínio, rua ou clube:

1. Reúna ao menos dez participantes que possam levar bens e/ou serviços para trocar. Valem de alimentos caseiros, roupas, livros e objetos usados a aula de violão, corte de cabelo e coisas fora do mercado formal, como cuidar do gato ou fazer as compras.

2. Defina a data, a periodicidade e o local, que pode ser o clube, o salão de festas do condomínio ou um galpão alugado, por exemplo. Lá, os participantes vão expor suas mercadorias como quiserem: numa barraquinha de feira, numa mesa, toalha no chão e por aí vai.

3. Crie uma moeda social, uma nota com nome e identidade visual próprios, que não tem valor fora da feira – é como o dinheiro do jogo Banco Imobiliário, lembra? Imprima cerca de 50 unidades por pessoa (veja como cada participante consegue a moeda no item 4). O papel da moeda é permitir as trocas indiretas, do contrário, você poderia querer uma caneca, mas o dono dela não gostou de nada que você tem a oferecer – e aí, como ficaria?

4. Organize um banco, que compra com a moeda social uma cota dos produtos ou serviços durante a feira. Essa é a forma de colocar as moedas em circulação para a feira começar. Por isso, as pessoas devem se dirigir ao banco logo na chegada (os produtos ou serviços adquiridos pelo banco, por sua vez, podem ser revendidos na própria feira ou vendidos fora dela, e os recursos obtidos, usados na organização do próprio evento).

5. Defina o valor dos produtos ou serviços levados para trocar. Cada feira cria seu próprio parâmetro de valores. Por exemplo: um eletrodoméstico em bom estado pode valer de 10 a 20 moedas sociais; uma massagem, de 5 a 10; e uma camisa nova, 8.

6. Leve também materiais recicláveis para vender ou doar ao banco. No primeiro caso, o banco vende os resíduos à indústria da reciclagem. No segundo, ele os doa para cooperativas de catadores.

7. Guarde no banco as moedas sociais que sobrarem. Você irá recebê-las de volta na edição seguinte da feira.

Fontes: Felipe Bannitz, coordenador técnico da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Fundação Getúlio Vargas